domingo, 7 de novembro de 2010

DÉCADA DE 30

Toda a euforia dos “anos felizes” da década de 20 acabou quando a bolsa de valores de Nova York teve uma grande queda, afetando a economia dos EUA consequentemente a do mundo.

Com isso foram surgindo desempregos, e os países mais afetados foram a Alemanha e a Inglaterra.
Inaugura-se em Nova York a construção mais alta do mundo, “Empire State”. Nos Estados Unidos, dar-se o fim da “Lei Seca”, a que proibiu a venda de bebidas alcóolicas durante 14 anos. O número de desempregados cresce cada vez mais, principalmente no EUA. Em 1938 chega a 10 milhões de desempregos.

Em 1935, os EUA aprovam direitos trabalhistas. A Lei Nacional de Relações Trabalhistas garante o direito dos trabalhadores de ingressar em organizações trabalhistas e autoriza a Junta Nacional de Relações Trabalhistas a investigar práticas injustas no trabalho.

As invenções de 1935, foram os plásticos e a película, foram dois grandes avanços tecnológicos. Reflexo da crise econômica e social, a produção literária dessa época tem um tom pessimista, como “Dinheiro Grau”, que completa a trilogia “USA”, de John dos Passos e “To Have and Have Not”, de Ernest Hemingway. No Brasil, Jorge Amado publica “Capitães de Areia”.

A década de 30 foi uma era onde grandes nomes da política foram o marco da história. Sendo assim uma das épocas mais sangrentas de toda a história mundial.

Logo no início o presidente do Brasil, Washington Luís é deposto. Já nos EUA em 1932, é eleito pelo partido democrata Franklin Delano Roosevelt e em 1933 que deu início ao New Deal, o plano de recuperação econômica após a queda de valores de Nova York. Hitler é nomeado chanceler alemão, dando inicio o genocídio do que ele chamava de “raças inferiores”, em especial aos judeus. Vários intelectuais franceses assinaram em 1934, um manifesto antifascistas.

Em 1937 centenas de pessoas são mortas em Guernica, capital basca, que foi bombardeada pelos alemães. Já em 1939 , quando Franco conquista Madri , a guerra espanhola chega ao fim. No mesmo ano a Europa após de 21 anos de relativa paz, entra em guerra.

Os movimentos totalitários começaram a eclodir também em outros países europeus, com Mussolini na Itália, Salazar em Portugal, Francisco Franco na Espanha e Stálin na União Soviética, além de Hitler na Alemanha. No Brasil, ocorre a Revolução de 30, movimento que chega ao poder encabeçado pelo político gaúcho Getúlio Vargas. Chega ao fim à política do café-com-leite e tem início o Estado Novo.

O mágico de Oz com a atriz Judy Garland , “...E o vento Levou” com o astro Clark Gamble e a inglesa Vivian Leigh , King Kong de Merian Cooper , o que levou nas telas de mais moderno em tecnologia de efeitos especiais . Essa década não teve somente, guerras, conflitos, crise, nesta década foi quando teve como o auge, o cinema. Quando Frank Capra , ganha o Oscar com o filme “Aconteceu Naquela Noite” , estrelado por Clark Gable e Claudette Colbert. Em 1938 o cinema foi um sucesso e Shirley Temple, aos 19 anos é a grande atração de Hollywood.

Charles Chaplin lança seus filmes “Tempos Modernos”, “Luzes da Cidade”.
Lançaram o primeiro desenho animado longo, “Branca de Neve e os sete anões”.

O cinema foi um grande referencial de disseminação dos novos costumes, junto com a Moda influenciaram milhares de pessoas.

Estes períodos de crises não são caracterizados por ousadias na forma de vestir. Diferente dos anos 20, os anos 30 redescobriram as formas do corpo da mulher através de uma elegância refinada, sem grandes ousadias. As saias ficam longas, os cabelos começam a crescer, vestido justo e reto, além de usarem um bolero. Materiais mais baratos como algodão e casimira, começam a serem utilizados, devido à crise. O que marcou nos anos 30 eram as roupas de noite, que abusavam de decotes nas costas, o que elegeu como um novo foco de atenção. Descobriu o esporte, a vida ao ar livre e os banhos de sol, onde acreditavam que os decotes eram inspirações dos trajes de roupas de banho. Surge nessa década, à camisa Lacoste, com talhe alongado e cavas folgadas, corte permitido pela flexibilidade da prática do esporte. Devido ao esporte surgiram vários modelos de roupas, como shorts. A utilização dos óculos escuros estava em alta, eram usados muito pelos astros de cinema e da música. Teve dos principais criadores de sapatos, o italiano Salvatore Ferragano, lançou sua marca, que viria se transformar em um dos impérios do luxo italiano, devido à crise, Ferragano começou a usar materiais mais baratos, cânhamo, a palha e os primeiros materiais sintéticos.
Gabrielle Chanel continuava sendo sucesso. A surpreendente italiana Elsa Schiaparelli iniciou uma série de ousadias em suas criações, inspiradas no surrealismo. Como o corpo da mulher voltou a serem mais valorizadas, elas recorreram ao sutiã e um tipo de espartilho flexível, as formas era marcadas, porém naturais. O prêt-à-porter ainda não era usado, mas os passos para o surgimento eram dados pela butique.


A du Pont a patente de uma nova fibra sintética, o náilon. O novo material pode substituir a seda em vários produtos, como metais, com uma grande redução de custos.
Trompe-l’oeil significa “engana os olhos”, em francês.


É uma técnica de perspectiva que surgiu no período renascentista e cria a ilusão óptica de que uma simples pintura é uma imagem real!
Na moda, essa técnica popularizou-se por Elsa Schiaparelli, nos anos 30, quando ela criou um suéter preto de tricô com um desenho de um laço branco, proporcionando assim a ilusão de que o laço era real, de tecido, e não um simples bordado…

Atualmente, alguns estilistas investem no Trompe-l’oeil como uma estampa diferente e moderna.

As mulheres desta época deveriam ser magras, bronzeadas e esportivas. No final dos anos 30, com a aproximação da Segunda Guerra Mundial, que estourou na Europa em 1939, as roupas já apresentavam uma linha militar, assim como algumas peças já se preparavam para dias difíceis, como as saias, que já vinham com uma abertura lateral, para facilitar o uso de bicicletas.

Muitos estilistas fecharam seu Maison ou se mudaram da França para outros países. A guerra viria transformar a forma de se vestir e o comportamento de uma época.

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